Um pouco de mim

Fui desde sempre uma pessoa aventureira, sem medo de ir sem medo de fazer, independentemente de ter alguém para me acompanhar ou não.

Venho de uma família, que à partida tinha tudo para ter vivido um conto de fadas. O sonho de qualquer casal da altura, casar, ter a sua própria casa, trabalhinho no Estado, e para completar o quadro perfeito, primeiro veio o menino e depois a menina, um casalinho. Até aqui tudo bem, mas o que há partida tinha tudo para correr bem, acabou por ser até aos dias de hoje um verdadeiro campo de batalha.

No meio de tudo isto, e sem saber bem como, sempre tive uma força interior e uma alegria de viver, que muitas das vezes me questionei de onde viria, o que é certo é que ela está cá e agradeço todos os dias por nunca me ter abandonado.

Nunca deixei que os meus problemas me tornassem uma pessoa amarga ou de mal com a vida, sempre frisei que ninguém tinha culpa das coisas que me aconteciam. Mas infelizmente sempre assisti bem de perto, ao oposto, pessoas que optaram por desperdiçar as suas vidas, porque escolheram viver na “vingança”, o que elas se esqueceram é que em vez de deixarem de ser vítimas, passaram elas próprias a ser o seu maior agressor.

Este ano, no meu aniversário, recebi de uma amiga especial, um postal que incluía um texto magnífico (daqui surgiu a ideia para o nome do blog)  da Isabel Saldanha http://isabelsaldanha.com/blog/

” As melhores pessoas que conheço não são as tristes, são aquelas que digeriram a tristeza da vida e converteram isso em fermento de carácter.
E essas pessoas, também não são aquelas que passam a vida a acusar a sua condição de orfandade para se fazerem grandes empoleirados na tristeza.
São aqueles que choraram na altura certa, que deram o desconto ao sadismo da vida, que condescenderam desde novos com as incongruências do destino, que não desistiram dos seres humanos só porque nem tudo era perfeito, nem ficaram reféns na procura passiva do sentido de justiça.
Essas são as pessoas TOP! São os amantes da vida.
A malta que aprendeu a sacudir a poeira dos maus momentos com património de felicidade, são os que acreditam genuinamente nas pessoas e por isso ainda se surpreendem, são os que perceberam a dimensão do tempo e por isso conseguem viajar a partir de qualquer lugar
Essas pessoas que conheceram a evidência mais crua da vida são as que mais conseguem criar, são as que olham para uma planície árida e imaginam uma floresta imensa.
Essas pessoas sentem-se responsáveis por animar o mundo, só porque se sentem agradecidas por serem animadas.
Essas pessoas são guerreiras porque acreditam que o sentido maior da paz nasce na tranquilidade serena de aceitar que algumas batalhas da vida são feitas para perder.
A dimensão do tempo é a dimensão da vida.
O passado tem apenas o efeito edificante de nos lançar para o futuro e o presente é o lugar em que acontece tudo.
Ninguém cuida muito das pessoas felizes porque elas parecem estar sempre bem.
E as pessoas felizes sabem que têm que estar bem porque aprenderam a cuidar de si mesmas”

Revejo-me em cada palavra deste texto, faço parte desta orfandade de pessoas, e por isso mesmo sei que tenho o dever de cuidar de mim…muito se fala hoje em dia no… sermos as pessoas mais importantes da nossa vida de nos colocarmos em primeiro lugar, ao início parece um pouco egoísta, mas experimentem e vejam os resultados…depois logo me contam ;).

Acreditem sempre ser FELIZ é uma opção de escolha 😉

Don’t let your dreams be dreams

2 comentários a “Um pouco de mim

  1. O dever de cuidar de nós…. se não cuidarmos, quem cuidará. Eu também me revejo em cada palavra desse texto. Parabéns pela tua pessoa e pelo que tens aprendido e construído. Como por ai se lê ninguém disse que seria fácil, mas sim que iria valer a pena. Vai partilhando o teu crescimento conosco, nos entretendo nas tuas aprendizagem.
    Eu também acredito que ser Feliz, sempre foi para mim uma opção de escolha. E eu, escolhi ser Feliz.
    Parabéns! Bjs

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