Quem sou eu…

Ontem colocaram me esta questão?

QUEM SOU EU?!?

Há muito que não escrevo que não partilho, mas sei que este sempre foi um espaço onde me abri, onde a inspiração me guiava, e as mãos ganhavam vida própria.

Como tal decidi vir a este pequeno altar e ver o que fluía.

Bem, quem sou eu, sou tanta coisa, já fiz tanta coisa, já senti tanta coisa, que por vezes me perdi.

Quem me vê de fora considera me uma pessoa de coragem sem medos sem arrependimentos, sem amarras sem apegos, livre, feliz, mas também um pouco egoísta dada a minha individualidade, e minha falta de laços, o meu desprendimento, a minha falta de raízes.

E agora veio uma lagrimita 🙂 , recordo me de tudo o que vivi de onde vim, do que palmilhei do que fugi do que neguei.

Hoje sei e aceito, que tudo o que vivi foi para o meu crescimento, durante anos fugi das minhas raízes, reneguei tudo aquilo que achei não ser meu, não me pertencia, eu era muita luz para aceitar tudo aquilo, eu merecia muito mais.

Essa falta de pertença, fez me ao mundo, fez me solitária no meu reconhecimento, coloquei me muitas vezes em situações de risco ou não (dependo do ponto de vista), uma coisa é certa eu queria experimentar, sentir adrenalina alimentava me a alma, o desconhecido era muito apelativo.

E digo era porque algo mudou, neste momento simplesmente quero estar, neste momento simplesmente quero rodear me das minhas raízes das minhas sementes das minhas verdades das minhas conquistas.

Há tempos em conversa com uma amiga dizia-lhe, mas eu não tenho uma casa minha, não tenho isto não tenho aquilo, ao que ela me respondeu, já olhas te bem para ti para a tua consciência emocional para a capacidade que tens de lidar com tudo o que te aconteceu com tudo o que superaste com a leveza e a paz que vives a vida, tu não precisas de uma casa de tijolo, quando toda tu és uma estrutura inabalável, tu podes ser colocada em qualquer situação, que as tuas vigas não vão ceder, sabes quantas e quantas pessoas têm tudo aquilo que supostamente todos nós devíamos ter e vivem num sofrimento atroz , porque não se conhecem porque não se respeitam porque não sabem lidar com elas próprias, com os seus sentimentos, com a vida.

Isto talvez seja muito vago, mas neste momento eu sou amor, eu sou aceitação, eu sou verdade, eu sou respeito, respeito pelo que vivi, agradecida pelo que cresci, no que me tornei, como dizia a minha patroa, eu tinha todo o direito de me ter desviado, de me ter perdido, que ninguém tinha o direito de me apontar o dedo 🙂 , mas graças a mim, Here im am, mais completa do que nunca, agradecida do fundo do coração por tudo aquilo que me permiti viver, sentir, libertar, honrar.

Esta sou eu, que continue a ser cada vez mais verdade cada vez mais amor, cada vez mais real, mais humana, nem mais nem menos do que ninguém, EU.

Um dia prometo que sai um livro de todas as experiências que me construíram. 🙂

“Tu não tens que ser nada porque tu já és tudo”

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